19 julho 2008

EMBUSCA DE UM CONSENSO PARA A REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL


Precisamos, urgentemente, de um consenso global, na busca da redução ou estabilização do aquecimento global.

O que temos observado nas reuniões de cúpula entre os países, é um jogo de interesses individuais - ninguém olha o mundo como um todo, mas seus países como focos isolados - quando na verdade isto não funciona assim: O que o Brasil poluir, o resto do planeta irá sofrer e assim continuamente...

Os países precisam desenvolver, claro que sim, mas com muito respeito ao meio ambiente, resguardando e implementando o desenvolvimento sustentável...ISTO É POSSÍVEL!

07/07/2008 - ONU pede aos EUA que lidere luta contra aquecimento global

SAPPORO, Japão (AFP) — O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que assumam um papel de liderança na luta contra o aquecimento global, em entrevista à AFP no avião a caminho da reunião de cúpula do G8 no Japão.
"Isso é o que toda a comunidade internacional espera dos Estados Unidos", insistiu Ban.
Os Estados Unidos são o único grande país industrializado que não aderiu ao Protocolo de Kyoto, já que reclamam um compromisso maior dos países emergentes na redução de gases de efeito estufa.
"Sei que os chineses e indianos também estão comprometidos neste processo. Fiquei animado com o que me disseram os líderes chineses", afirmou, referindo-se ao encontro que manteve com o presidente Hu Jintao durante uma visita a Pequim na semana passada.
O G8 - integrado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia - manterá na quarta-feira uma sessão ampliada com líderes de países emergentes, mas os especialistas nào esperam decisões nessas negociações sobre o clima.
"Acho que temos tecnologia, capacidade financeira e consenso de que a mudança climática é real. O que falta, principalmente, é a vontade política", queixou-se Ban.
Os dirigentes "têm tendência a olhar seus problemas nacionais em primeiro plano. Estão muito preocupados com a opinião pública nacional, sendo difícil para eles considerar todos esses problemas mundiais".
O Japão, que preside este ano o G8, pretende fazer do aquecimento global uma prioridade da reunião de Toyako, mesmo que nenhuma medida espetacular seja esperada em relação a esse tema.
A cúpula do G8 e os outros países convidados têm ambições mínimas. O primeiro-ministro japonês Yasuo Fukuda pretende apenas estabelecer a definição de um "objetivo comum", provavelmente sem uma meta estipulada de redução des emissões poluentes.
O governo do presidente americano George W. Bush recusa qualquer compromisso que não envolva também as economias emergentes.
Ele considera também que o G8 não é o fórum adequado para discutir mudanças climáticas porque não inclui os gigantes emergentes como a China, que assumiu a liderança do ranking dos maiores poluidores em 2007, ou a Índia.
Durante a entrevista, Ban rejeitou esse argumento.
"A questão não é saber quem deve ser o primeiro e quem deve vir em seguida. Pelo contrário, é desejável que os países industrializados tomem a iniciativa e dêem o exemplo", afirmou.
"Sei que os chineses e os indianos também estão envolvidos nesse processo. Acho encorajador o que os dirigentes chineses me disseram", acrescentou.
Durante uma entrevista coletiva à imprensa concedida antes da abertura da reunião de Toyako, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, também pediu um engajamento mais determinado baseado em objetivos precisos de reduções de emissões poluentes.
"É importante aceitar o princípio de um objetivo a médio prazo antes de 2050", disse. "Considerar seriamente não é o bastante, precisamos de uma decisão, precisamos de um engajamento com base em objetivos de longo prazo", ressaltou o presidente da Comissão Européia.
Durante sua reunião anterior em Heiligendamm, na Alemanha, em junho de 2007, os países do G8 chegaram a um acordo mis acordo para "considerar seriamente as decisões tomadas pela União Européia, pelo Canadá e pelo Japão que prevêem uma redução em pelo menos a metade das emissões globais (de gases do efeito estufa) até 2050", sem anunciar, entretanto, uma meta concreta comum.

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