16 dezembro 2008

O EMPOBRECIMENTO DO SOLO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O HOMEM


O ser humano, é sem dúvida alguma, o maior predador do Planeta Terra. No afã de produzir cada vez mais, alguns pensando na própria subsistência, outros para suprir necessidades locais e até mesmo globais, principalmente na produção de alimentos, o homem, vem, paulatinamente, - e em algumas regiões, de forma acelerada, devido a sua escassez de oferta - destruindo o nosso meio ambiente, principalmente, dilapidando o solo.
É preciso conscientizar que o solo é um bem vivo, é composto de três partes, a física, a química e a biológica. E que, ao adicionarmos elementos, meramente químicos em seu interior, estamos provocando um desequilíbrio, muitas vezes, principalmente, se tais atitudes não estão acompanhadas ou orientadas por técnicos com experiência no ramo. Ao mesmo tempo, poderemos ocasionar um descompasso em seu interior, se adicionarmos elementos orgânicos, com excessivas propriedades...o solo é um corpo gigantesco que vive, portanto ele sente e reage, aos estímulos, sejam eles benéficos ou maléficos.
Deve-se sempre, partir do princípio que este corpo precisa de equilíbrio em seus elementos, para que possa estar saudável e dar o retorno esperado em seu cultivo.

O PONTO DE EQUILÍBRIO

A palavra correta para o meio ambiente é EQUILÍBRIO, que hoje, ganhou a denominação universal de SUSTENTABILIDADE.
Para que possamos continuar produzindo e darmos esta mesma certeza às gerações futuras, em primeiro lugar, precisamos ser responsáveis com o solo, explorá-lo é preciso, e principalmente necessário, mas há de se respeitá-lo como um todo, com todas as suas características de um ser vivo.
Explorar o solo de modo sustentável, é o mesmo que usar a razão aliada à emoção, ou seja, explorar, utilizar, mas não maltratar, e sim raciocinar e conscientizar, que ele é um meio que pode perecer, se não for manejado de maneira adequada.
Portanto, não é importante, apenas a análise do seu PH para que possamos tornar o solo mais fértil e produtivo, mas uma análise aprofundada de suas características intrínsecas e relevantes no ecossistema em que ocupa...podemos citar exemplos, tais quais, as áreas ocupadas ou cultivadas pelo homem em regiões alagadas (mangues, charcos, várzeas, etc...). Outro exemplo, é a exploração, excessiva quìmicamente, de solos pobres e com texturização fraca, como é o caso dos cerrados e zonas de dunas - a dilapidação da vegetação, principalmente a rasteira, deixa à mostra a face da terra, expondo-a à toda forma de agressão, seja ela natural ou artificial (pisoteamento animal, compactação por maquinário) - o que fará com que, além de empobrecê-la mais, ocasionar erosões, de várias formas, eólicas, solar e principalmente provocada pelas chuvas, através da formação de enxurradas, que tem como consequência, a construçâo e produçâo de vossorocas.
É preciso que sejamos extremamente responsáveis na exploração de nosso solo.
Não podemos continuar com esta "pecha maldita" de destruidores do Planeta!
Precisamos e necessitamos produzir, mas de modo zeloso e cuidadoso, para que possamos preservar e enriquecer a herança que iremos repassar aos nossos sucessores no mundo.

DEIXAR O SOLO EXPOSTO, JAMAIS! - preserve a sua cobertura, enriqueça o seu interior, com matérias orgânicas e materiais necessários ao seu equilíbrio produtivo e de sustentabilidade, na textura e condições de sobrevida dos microorganismos que o habitam - deste modo, estaremos reforçando e mantendo, as suas partes física, química e biológica.

PENSE E AJA ASSIM...o solo é nosso, ou seja, de todos os seres que o habitam e necessitam dele para a sua subsistência, não só no quesito subsistir, mas viver com QUALIDADE!

Helena Rezende


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